terça-feira, 19 de outubro de 2010

Por vezes...

Por vezes, já pensei em desistir, com medo de tentar...
Por vezes, já fechei os olhos, com receio do sol queimá-los.
Por vezes - inúmeras vezes - errei, com medo de errar...
Por vezes, errei, pensando que estivesse acertando.
Por vezes, assumi algo, para não ver alguém triste...
Por vezes, me vi triste e não vi alguém que pudesse me defender.
Por vezes, fiquei feliz por tabela - por outros, pelos outros.
Por vezes, me esqueci, mas por tantas outras lembrei de me recuperar, com pressa para viver.
Por vezes, fui fiel aos meus princípios, ignorando verdades alheias.
Por vezes, me apaixonei, me entreguei, fiz por merecer e, não tive tudo em troca...
...mesmo assim, fui feliz.
Por vezes, me coloquei num barquinho, sem remo - deixei me levar...
...em algumas situações, afundei; Em outras, eu venci.
Hoje, talvez, eu não consiga entender tudo e todos.
Talvez, não saiba de todas as verdades desse mundo - muito embora, nem queira saber...
As verdades?
Vou conhecer com o tempo.
E o tempo pra tudo isso?
Só o tempo pra me dizer.



"Sou o que quero ser, porque possuo apenas uma vida e nela só tenho uma chance de fazer o que quero.
Tenho felicidade o bastante para fazê-la doce, dificuldades para fazê-la forte,
Tristeza para fazê-la humana e esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes não tem as melhores coisas,

elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos."

[Clarice Lispector]



Beijos,
Gá Agulhinha.

domingo, 22 de agosto de 2010

Há Momentos

Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.

Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.

Dificuldade para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.

As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor

das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.

O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.

A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre.


[Clarice Lispector]


Como havia prometido no último post, o texto da Clarice Lispector.
Um dos meus 'favoritos' - se um dia eu conseguir escolher.


Beijos,
Gá Agulhinha.


Post especial pra amiga gatíssima, Naty! ;)

sábado, 21 de agosto de 2010

"A gente aprende"

Com o tempo a gente TAMBÉM aprende que...


Ninguém faz por você
Ninguém chora por você

Ninguém sorri por você
Ninguém é feliz por você

Ninguém canta por você
Ninguém ganha por você
Ninguém perde por você
Ninguém sonha por você
Ninguém cresce por você
Ninguém esquece por você
Ninguém larga por você
Ninguém gosta por você
Ninguém acredita por você
Ninguém ama por você


Por isso, viva tudo, completamente, sendo inteiramente VOCÊ.
Pois, se não for por você, não será por mais ninguém!


Como diria a belíssima Clarice Lispector

"Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,

porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer."

A próxima postagem, eu coloco esse texto! ;)

Beijos,
Gá Agulhinha.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Saudades

Sinto saudades de tudo que marcou minha vida.
Quando vejo retratos, quando sinto cheiros,
quando escuto uma voz, quando me lembro do passado,
eu sinto saudades...

Sinto saudades de amigos que nunca mais vi,
de pessoas com quem não mais falei ou cruzei...

Sinto saudades da minha infância,
do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro,


do penúltimo e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser...

Sinto saudades do presente,
que não aproveitei de todo,
lembrando do passado
e apostando no futuro...

Sinto saudades do futuro,
que se idealizado,
provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser...

Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei!
De quem disse que viria
e nem apareceu;
de quem apareceu correndo,
sem me conhecer direito,
de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.

Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito!

Daqueles que não tiveram
como me dizer adeus;
de gente que passou na calçada contrária da minha vida
e que só enxerguei de vislumbre!

Sinto saudades de coisas que tive
e de outras que não tive
mas quis muito ter!

Sinto saudades de coisas
que nem sei se existiram.

Sinto saudades de coisas sérias,
de coisas hilariantes,
de caos, de experiências...

Sinto saudades do cachorrinho que eu tive um dia
e que me amava fielmente, como só os cães são capazes de fazer!

Sinto saudades dos livros que li e que me fizeram viajar!

Sinto saudades dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar,

Sinto saudades das coisas que vivi
e das que deixei passar,
sem curtir na totalidade.

Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que...
não sei onde...
para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi...

Vejo o mundo girando e penso que poderia estar sentindo saudades
Em japonês, em russo,
em italiano, em inglês...
mas que minha saudade,
por eu ter nascido no Brasil,
só fala português, embora, lá no fundo, possa ser poliglota.

Aliás, dizem que costuma-se usar sempre a língua pátria,
espontaneamente quando
estamos desesperados...
para contar dinheiro... fazer amor...
declarar sentimentos fortes...
seja lá em que lugar do mundo estejamos.

Eu acredito que um simples
"I miss you"
ou seja lá
como possamos traduzir saudade em outra língua,
nunca terá a mesma força e significado da nossa palavrinha.

Talvez não exprima corretamente
a imensa falta
que sentimos de coisas
ou pessoas queridas.

E é por isso que eu tenho mais saudades...
Porque encontrei uma palavra
para usar todas as vezes
em que sinto este aperto no peito,
meio nostálgico, meio gostoso,
mas que funciona melhor
do que um sinal vital
quando se quer falar de vida
e de sentimentos.

Ela é a prova inequívoca
de que somos sensíveis!
De que amamos muito
o que tivemos
e lamentamos as coisas boas
que perdemos ao longo da nossa existência...

[Clarice Lispector]

Beijos,
Gá Agulhinha...

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Que HOJE...

Que hoje eu consiga ser melhor que ontem! Aprendendo a me amar mais, me entender mais e ser o melhor que há em mim...

Que hoje eu não perca a esperança no amor, mesmo com todas as dificuldades!

Que eu me encontre em pequenos gestos de gentileza e jamais esqueça que a felicidade está em mim e não saíra quando alguém se for...

Que hoje eu não esqueça de dizer o quanto amo alguém!

Que eu consiga encontrar qualidades em grandes defeitos.. e que isso tudo me torne uma pessoa melhor!

Que hoje eu consiga conviver com o meu silêncio e a minha tristeza não seja MINHA pra sempre...

Que hoje eu possa viver tudo e ser tudo, inteiramente! Do jeito que não machuque a minha alma e o meu coração!

Que hoje eu possa ser uma boa companhia para os outros e não desfaça dos meus príncipios.

Que hoje (e sempre) eu consiga encontrar total paz interior e assim, não magoar os que estão ao meu redor...

Que hoje eu consiga compreender melhor as razões da vida e que eu tenha o equilibrio, mesmo quando não necessitar.

E que hoje eu não perca a vontade de viver e a capacidade de amar, intensa e eternamente!



Beijos em todas!
Autora: Gá Agulhinha...

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Crônica do Amor (versão lésbica*)

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.

O Amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.

Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã de Caetano. Isso são só referenciais.

Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.

Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.

Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol. Você abomina o Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então?

Então, que ela tem um jeito de sorrir que te deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.

Você aquela cafajeste. Ela diz que vai e não liga, ela veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ela não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ela não tem a menor vocação para princesa encantada e ainda sim não consegue despachá-la.

Quando a mão dela toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ela toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama esta mulher?

Não pergunte pra mim: você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica tem seu valor.

É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e fettucine ao pesto é imbatível.

Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?

Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = duas apaixonadas.

Não funciona assim.

Amor não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.

Mulheres existem aos milhares, generosas têm as pencas, boas motoristas e boas mães de família, tá assim ó!

Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.

Arnaldo Jabor

***Texto adaptado para mulheres que amam mulheres***

Beijos em todas

Gá Agulhinha...

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Quando me amei de verdade...



Por Charles Chaplin

"Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.
E então, pude relaxar.
Hoje sei que isso tem nome... Auto-estima.

Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia e meu sofrimento emocional não passam de um sinal de que estou indo contra as minhas verdades.
Hoje sei que isso é... Autenticidade.

Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo isso de... Amadurecimento.

Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas.
Hoje sei que o nome disso é... Respeito.

Quando me amei de verdade, comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável.
Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse pra baixo.
No início minha razão chamou isso de egoísmo.
Hoje sei que se chama... Amor-próprio.

Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos. Abandonei os projetos megalômanos de futuro.
Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é... Simplicidade.

Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o futuro.
Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é...
Plenitude.

Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar.
Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é... SABER VIVER!"



Por Gá Agulhinha

Quando me amei de verdade, deixei de valorizar mais o outro e passei a me valorizar em dobro!
Deixei de me contentar com o mínimo de amor que sentiam por mim e passei a querer mais! Mais qualidade que quantidade.

Quando me amei de verdade, deixei de amar por mim e pelo outro.
Comecei a me amar mais e deixei que me amassem, do jeitinho que eu realmente SOU!
Deixei de lado o sofrimento com as decepções e passei a acreditar no destino e no Universo que conspira à meu favor!

Hoje sei que gestos simples têm valor incondicional e incomparável!
E isso tudo tem um grande nome... Amor de verdade!


Beijos! Desculpem o sumiço! ;)